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Bolso X Coração (escrito antes da Direita vacilar)

  • OMAR CALDAS
  • 19 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de ago.


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O desafio de se reaproximar do povo.


Desde o início de seu terceiro mandato, o presidente Lula tem um objetivo: retomar o apoio da base que sempre foi o coração do petismo — os mais pobres.


Isenção de impostos, ampliação de programas sociais, medidas pra aliviar o bolso de quem precisa.


E mesmo assim, a aprovação entre os brasileiros que ganham até dois salários mínimos despencou.


Em agosto de 2023, era 68%, segundo a pesquisa Quaest. Dados mais recentes mostram que a aprovação caiu. E não foi pouco. 


O motivo mais óbvio? 

A inflação que bate direto no prato do povo.


A tal “picanha com cervejinha” virou símbolo de promessa não cumprida.


E o sentimento de frustração está cada vez maior.


Essa percepção negativa da economia contribui diretamente para a queda na aprovação do governo.


Só que o buraco é mais embaixo.

 

O problema é ainda maior: a esquerda não fala mais com o coração das pessoas.


Esqueceu como se conecta. Não tem mais pautas identitárias.

Perdeu o pertencimento.


E isso sobra na direita e no seu representante maior: Jair Bolsonaro.


Bolsonaro fala com o sentimento das pessoas. Ativa valores conservadores, identidade, pertencimento. Foi assim que manteve sua base leal e mobilizada, mesmo diante de indicadores econômicos desfavoráveis durante seu próprio governo.


E Lula?


Lula aposta tudo na economia, no pacote de bondades, na comunicação tradicional.


Mas isso não basta. Falta alma. Falta pertencimento.


É hora de dar um passo atrás e perguntar:

Qual é o Norte?

Quais valores nos unem ao povo?

Quais são nossos símbolos e nossa visão do país?


“Filho de pobre vai pra faculdade” já foi uma conexão. Mas quais são as novas?


A própria esquerda sente dificuldade em defender algo que nem eles mesmos não sabem o que é.


Só depois que vem a comunicação.

Sem isso, não tem rede social que salve.


Porque antes da razão — eleição se vence com o coração.



A Direita Vacilou


Alguns erros estratégicos estão reabrindo as portas para a volta da esquerda. Um pouco por mérito da esquerda, mas muito por vacilos da força conservadora do país.


Bolsonaro recua diante de Alexandre de Moraes


O ex-presidente Bolsonaro, que sempre se colocou como líder destemido frente ao STF, se mostrou hesitante, quase submisso, diante de Alexandre de Moraes. Ao comentar a manifestação de 8 de janeiro, Bolsonaro afirmou que “quem participou bate mal da cabeça”.  Ele também pediu desculpas a Alexandre de Moraes por ter insinuado que desviou milhões. Disse que foi um "desabafo" sem provas. Essas declarações soam como uma traição aos seus próprios apoiadores.


Aumento do número de deputados


O Congresso aprovou uma PEC que aumenta o número de deputados federais. Em plena crise econômica, inflação instável e pressão popular por cortes de gastos públicos. A jogada é tão politicamente burra que coloca Lula em posição de veto, o que permitiria a ele posar de “defensor do povo” ao barrar o aumento.


IOF vira símbolo de “ricos contra pobres


A esquerda tem feito o dever de casa na guerra simbólica. Com o debate sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o governo petista reposiciona a discussão: ricos pagando mais para aliviar os pobres. Mesmo que seja uma falácia econômica, a retórica é poderosa. Lula assume o discurso popular e finge estar “do lado do trabalhador”, enquanto a direita não consegue articular uma resposta clara sobre o impacto real dessa medida na economia. A esquerda marca ponto na narrativa. E a direita assiste em silêncio.


Carlos Bolsonaro influencia Trump taxar o Brasil


A aproximação de Carlos Bolsonaro com o círculo de Donald Trump está gerando efeitos colaterais. Trump, por conta do alinhamento ideológico taxa o Brasil e defende Bolsonaro. O problema é que as consequências atingem a economia, os produtores, os exportadores e o povo. A atitude mostra que Bolsonaro quer não ser preso a qualquer custo, mesmo que, para isso, prejudique as pessoas do Brasil. E isso é mais uma oportunidade para Lula. A direita está abrindo espaço para a esquerda voltar a jogar tropeçando em erros de estratégia e posicionamento.


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